1. |
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Se você tem algum plano em mente
Algum pensamento, algum projeto
Não espera pra fazer não
Desenvolve ele, põe em prática
Acorde, antes que a vida real acabe
Olhar incerto, mirava o teto branco
Meio insano, pensando, ideias chegando
Superando a perspectiva relativa
Ao que a mente buscaria
Mesmo assim não confia
E fica na brisa do que seria
Se valeria, se adiantaria
O que causaria, oque traria
Qual efeito, consequência, via
Que por mais que perguntasse
A resposta não viria
Na disposição a milhão e ao passar do dia
Mais um se perderia em uma sequência que só vira
Quando outro mês completo findaria
Interessante o pensar que sempre cedo estaria
Mas já nem soma quantas vezes por ele erraria
Então chegando do trampo cansado, repousaria
Sem sequer antes olhar os rascunhos que escrevia
E no final das contas, tantos acumularia
No passar dos anos tornava-se tão enorme pilha que
Se perde sem saber que frutos traria
Tudo que fora, já não mais voltaria
Só sobra agora uma mente vazia
Que não dava razão a tudo aquilo que faria
Não foi plantado, então nada colhia
Na mão, semente seca é o que via
Somada à fome pela esperança perdida
Que indicava que só o fim sobraria
Então espera mais um pouco amigo
Espera mais um pouco amigo
Espera mais um pouco amigo
Que não sobra nada pra
Você duvidar meu amigo
Espera mais um pouco amigo
Espera mais um pouco amigo
Espera mais um pouco amigo
Que não sobra nada
Pra você esperar meu amigo
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2. |
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Mesmo que não brilhe lá em cima
Queima espírito em minha sina
Sigo aprendendo coisas
Que cada queda ensina
Sem para-quedas, face na pedra, bom
Estilhaços, traços, se recompõem aqui com dom
Doses de felicidade a meio copo
Descendo quente, eu topo
Nova história reescrita
De um modo doce, não toco
Vou tranquilo com o que vivi até aqui
Portanto ou por enquanto
Eu sei que lágrimas por vir
Não induzem a desistir
Do plano, Qual plano?
Se cada um formado logo rasga como pano
Siga o piloto dando fuga, costurando
Construindo novas pistas
E ainda segue guiando
Ouvintes pelos Boom Baps
Sem Waze ou Google maps
Se um dia for chamado
Quem sabe, rime nos traps
Desde que a letra te seduza em cada track
Enquanto por esse lado
Qu4rto Lab, mic check!
No centro, tomando um mate
Refletindo sobre o tempo
Antes que o mesmo tempo me mate
E grana curta no bolso
Não é bom quanto um chocolate
Mas traz distância à alguns contatos
Não que isso seja um Impasse!
Hoje somos o que temos
Temem sermos o que somos
Somamos com os manos certos
Insetos sentem incômodo
E é engraçado, quem não ajuda
Ainda atrapalha
Sempre na torcida pra ver jogar a toalha
Mas sem falhas
Dirigimos nossas folhas
E o peso da caneta
É sempre menor que de escolhas
Inevitáveis distorções desses caminhos
Seguimos neles, juntos ou então sozinhos
Certos que dias quentes hão de vir
Mesmo sem verão
E um dia frio não vem para se tornar o vilão
Nem todos os dias são de Sol
Sombra à beira-mar
Vindo guerra ou paraíso
Saiba qual é o seu lugar
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3. |
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A vida é correr risco
Mas não como num disco
Com scratches pesados do Dj Kiko
Na matina é tudo a pampa
A noite é pra quem tem a manha
Conhecimento urbano condiz com
Onde anda e vive em Sampa
Gloriosa e glamorosa, pretensiosa
Pelas biqueiras ou baladas
Sempre droga nova
A mente alerta mantém minha rota
Foco sem refuta
Sobrepuja armadilha que brota em volta
Muitos locomovem-se como se fossem loucos
Vão a pé, em carros ou motos
Estressados e afoitos
Espaços parecem ficar mais curtos
A cada segundo
E não importa qual seja seu curso
Nada muda, igual discurso
Fica confuso, perde-se em fluxos
Perplexo com esse complexo
De caminhos sem nexo
E barulhos em excesso
Aventureiros em busca do seu sucesso
Sempre esperam que daqui nasça o progresso
Bem-vindo à Sampa
Cidade de alegria e tradições
De vitórias ou ilusões
Das favelas espalhadas nas quebradas
Da noite iluminada na Paulista
Que decora os seus cartões
Bem-vindo à Sampa
Cidade de alegria e tradições
De vitórias ou ilusões
Das favelas espalhadas nas quebradas
Da noite iluminada na Paulista
Que decora os seus cartões
Não há mais terra e até a garoa tem faltado
E caro como a guerra é o metro quadrado
É um sonho com cobertura cinza degradê
Um céu de oportunidades que
Nem sempre dá pra escolher
Grande pra acolher, um coração de mãe
Sem iguais
Onde os cômodos separam-se
Em classes sociais
Sempre cabe mais realidade dura
Alguns embaixo das pontes
Outros nas coberturas
Rodoviárias são portais pra sua dimensão
Aeroportos também, depende da condição
Sua noite convida pra curtição total
Metrópole com vida
Onde a morte é notícia banal
O roubo é usual, nos impostos ou nos faróis
E corrupção segue firme e forte como algoz
A multidão de sampa é universo peculiar
Um ser em cada planeta chamado celular
Imensidão particular de solidão
Onde fauna e flora são flores de plástico
E pombos na fiação
Farta de diversão, diversa em religião
Os negócios feitos aqui
Movem nossa nação
Ela é chão que dá chance
É céu que dita o teto
Cantada em outros sons
A selva de concreto
Do grito do Ipiranga
Aos na comunidade
Seja bem-vindo a Sampa, irmão
Fique à vontade
Bem-vindo à Sampa
Cidade de alegria e tradições
De vitórias ou ilusões
Das favelas espalhadas nas quebradas
Da noite iluminada na Paulista
Que decora os seus cartões
Bem-vindo à Sampa
Cidade de alegria e tradições
De vitórias ou ilusões
Das favelas espalhadas nas quebradas
Da noite iluminada na Paulista
Que decora os seus cartões
Aqui se acumulam sonhos
Que chego à perder de vista
Mas surgem então pandemônios
Que vem pra roubar sua brisa
A sorte até bate à porta
Mas pouca gente visita
Então não espere por ela
E vá atrás da conquista
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4. |
Bons Ventos [ remix ]
02:45
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Que bons ventos o soprem
Sempre em direções contrárias
A tristeza que invade retendo
Emoções primárias
Desde o primórdio entre amores ou ódio
O medo é o que nos limita
A não alcançarmos o pódio
Talvez digam que não podemos
Então sobrevivemos
Na zona de conforto até morrer
Isso aprendermos
A tanto tempo e além do tempo
O que nos resta, ó tempo?
Reações em cadeia surgindo após exemplo
Somos reflexos do universo onde vivemos
Suportamos à resistência do porque viemos
Honramos terras em que antes nunca estivemos
E a mesma é seca e suga o fruto do que fazemos
Somos atores, construtores, doutores
Mãos calejadas dos antepassados, suas dores
Através de nossas peles transportamos valores
Tão vitais quanto a água e o ár
Mas também queremos sabores e odores
First time I held the pen and paper
I was mad confused
The younger me never knew what words to use
But, we live and we learn, freeze and burn
I still got scars from the badges I earned
Discomfort is needed for one's growth
I'm working day and night, I never loath
Diamonds only shine when they get
Put under pressure
So I endure the pain and sacrifice my pleasures
And I, pray I see the light at the end
Of the tunnel
On the road to riches, man
I pray I never stumble
My brothers and sisters are counting on me
And the kids from my hood look up to me
I feel like Davinci on the M.I.C
Painting vivid picture for
Everyone to hear and see
The struggles of the kids of our nation
I'm really trying to be the voice
Of a generation
Um vento de liberdade
Bate em meu rosto
Se a paz é doce
Deixa eu sentir o gosto
Todo o dia o sol nasce
Mesmo com o céu nublado
Então olhe pro Sol
Esquece o tempo fechado
Se o céu não abrir e a chuva cair
Este é um sinal
Que bons tempos estão por vir
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5. |
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O meu caminho eu sei como trilhar
Sabedoria pra alcançar onde quero chegar
tantos desvios que é difícil enxergar
O final desse percurso então não posso parar
O meu caminho eu sei como trilhar
Sabedoria pra alcançar onde quero chegar
tantos desvios que é difícil enxergar
O final desse percurso que eu irei alcançar
Como encantamentos
Versos que encantam mentes
Mantras magnéticos
Enxergo anos à frente
Me vejo, entre a cruz e a espada
Na pedra a Excalibur da vontade enterrada
Onde a certeza não vale nada
Amor e labor misturados tem tom de piada
Sem Camelot ao front na estrada
Só distrações
Retirando a tração das ações
Afogando emoções pois de sonhos, sem menções
O que ouço me leva a outras dimensões
Supero o patamar das previsões
Só interrogações nas expressões
Desconfiadas com o que crio em minhas sessões
Sem dar-lhes chances de intercessões
Sabedoria como a de um faraó
Que é levado pelo tempo como pó
No deserto coletivo onde ando só
A jornada é progressiva
Então dispense o olhar de dó
O meu caminho eu sei como trilhar
Sabedoria pra alcançar onde quero chegar
tantos desvios que é difícil enxergar
O final desse percurso então não posso parar
O meu caminho eu sei como trilhar
Sabedoria pra alcançar onde quero chegar
tantos desvios que é difícil enxergar
O final desse percurso que eu irei alcançar
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6. |
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Rima sob a luz das estrelas, plateia
É como alcateia
Ascensão é constante, plebeia
Siga ruídos da noite
Silhuetas sinistras e o vento no açoite
Sem esquiva
E sem teleporte
Habilidade é mais indispensável
Que sorte
Então tente manter Shinigames distantes
No mundo real
O que parece tranquilo é letal
Resistência, afinal
Quando nas ruas se cruzam
Seres humanos são feras
Deixe que feelings conduzam
Tipo audição de morcego em voo cego
Uns seguem zumbis em seus egos
Antes do fim da mesma
Desmontam igual a lego
Me torno mais ligeiro sempre que trafego
Sem crenças populares, não me apego
Integridade física e psicológica
Tênis, calças jeans, blusa no frio
De mentalidades além da lógica
Em terra de ninguém
ninguém é por ninguém
Bem, é o que posturas por aí me dizem
Uns seguem loucos
Dizimando a própria espécie
Fiquem de boa, pois o demônio
Logo agradece
Antes na luz
Hoje tá dispensando a prece
Porque confia mais no drink
Que a garganta aquece
Só que se esquece
Estabeleça lei sem equilíbrio
Então lágrimas transbordam do indivíduo
Como se corações fossem de vidro
Consciência adentro é limbo
Mas não critico pois nem tudo
Aqui fora é lindo
O caos reside de segunda a domingo
E em cada canto oculto ganha abrigo
Deus que dê asas
Pros versos chegarem nos seus ouvidos
Te alertar, porque o tempo tá rugindo
Canalizar a força que está surgindo
Se não ser rei, estar em um reino emergindo
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7. |
100 Letras [ remix ]
04:10
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Eis que a mesma certeza que me mantinha
Se dissipa
Como o vento que eleva cada pipa
E ao passar do tempo
Vejo menos minhas linhas
Tal qual minha presença nas batalhas nessas rinhas
Caindo no esquecimento num mundo em aquecimento
A realidade tá tensa, uns pensam que é só momento
Daqui, eu já percebo que não há tempo pra nada
E a cada hora que passa, eu desperdiço uma sagrada
Tinha uns projetos com Gâmbia, somados com Heron
Fomos tipo engenheiros para projetar um som
Criatividade, a natureza chega dando o dom
Desperdiçar é uma chance de não mostrar algo bom
Já ouvi dizer que eu devo continuar a caminhada
Algumas vezes ouço que isso aqui não dá em nada
Uns sonham com umas notas, eu sonho com mais levadas
Quando acordo, eu percebo o quanto falta da estrada
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
Reservo minhas percepções
O destino é logo à frente
Mas tem vezes que me omito às direções
Cheio de explicações
De forma mais simplificada
Deveria seguir minhas ambições
Igual Paulo em "Um novo dia"
Eu busco a nova meta que me leve a harmonia
Tão simples como em folhas em quais
Eu não me perdia
Mas como no filme "A origem"
Onde o que eu sonho ruía
E mesmo assim, eu voltei a dormir
Nuvem de esquecimento do conhecimento pra subir
Leve como um albatroz
Passando sobre mares e ainda assim
Eu posso ver algoz
Quisera eu que só de longe
E ser como LAB-J mantendo
A paciência de um monge
Pois onde a fúria reside
Bloqueia meu microfone
Intoxicando a alma
E deixando ouvidos com fome
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
Louco no escuro, na cama o sono não vem
Só a brisa momentânea
Indicando que há algo além
Quando me perco, deixo de proteger alguém
Que quando está do meu lado
Faz com que me sinta bem
Preciso da clareza nas palavras, na escrita
Manter a ambição sincronizada com o que agita
Cada célula viva, que com levita
Manter o foco de antes
Então nada me limita nessa vida
Onde pouco se precisa
Mas quem caminha com a inveja
Vendo a paz chega agoniza
Na mente deles, a grama vizinha é sempre verde
Óh razão, me acompanhe, não deixei eu perder-te
E siga em frente, falta um tanto da jornada
O álbum tá quase pronto,ainda não ouviram nada
Dispersando as palavras
Deixando fluir com o vento
Deus indica o caminho e eu sigo no andamento
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
Sem letras, sem novas visões
Sem saga, sem ter ambições
Sem flash, cem filmes sem variações
Simplesmente segue a vida básica sem ter razões
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8. |
Bons Sonhos [ remix ]
02:45
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Problemas nunca dormem
Mas penetram em horas de sono
Quando inconscientes absorvem
Como se fosse uma esponja
Encarregada de carregar-te com todo conflito
Que o dia esbanja
E às três da madruga o sonho vai
A insônia o subjuga
E horas se passam a passos de tartaruga
O desjejum são reflexões
Motivos de desagrado entre ondas
E tantas transições
É treta com cartões
Se ficam no vermelho então
É queixa dos barões
Onde em mar de bancos é nadar com tubarões
Sem trocadilhos ou trocados
Mastigando soluções sobre o legado
Seus bens são penhorados
Então melhor pagar
Pois ninguém vê se tem honrado
A eterna ferramenta
Do sistema defasado
Cansado, cancerígeno e emperrado
Sorrisos em suas faces
quando o pobre tá ferrado
Bons sonhos
Conta no red como o Suede que eu queria
Eu quero cash, mas por cash não faria
Saio da bed na fé em quem rege o dia
Diferente de quem arrota God e bebe orgia
De cá faço isso virar
Meu compromisso comigo
No rito de me tirar
Desse conflito maldito
Aqui tô a dividir a
Minha sina de me guiar,sem pirar
Pensando no que se pá virá
Negar, não dá
Tenho talento e se tá lento
só tenho que esperar
Trabalhar sem desesperar (Ow)
Mas avisa pra esses cuzão
Desistência nunca foi uma opção
Não! Nem no não mais doído
Quem vem só com textão
não sabe como confusão traz ruído
E eu tô buscando nitidez
E de vez em quando o flow mais bonito
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9. |
Invasão [ remix ]
02:50
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Aproveito horas em claro
Disparo métricas como flechas
E técnicas etéreas que expulsam adversários
Réplicas, se cansem
Minha rima é antisséptica
Pra suas bocas sujas as poéticas
Se originam em minha fala
Mestre de cerimônia não brinca de fazer sala
E quando começa a mandá-la, vira a vera cara
Sem sorte ou revés, só letal dispara
Sem chance de sobrevivência
Fim da existência de quem não tem a essência
Que garante a permanência no solo sagrado
Cresça pois
A guerra é muito mais do que se pensa
Se todos são inimigos
Não sobrará um que vença
Versus os microfones, versus os giroflex
Quem perde é sua coroa
Em casa, só no dorflex
Seguem rebeldes sem causa
Cê luta pelo quê? Fala!
Porque eu luto pra que cada linha minha valha
Somos soldados pra conter a invasão
Fardados e montados na noção
Que o que vira é união
Mas se alguns bicos tem outra visão
Então protejo o forte e descarrego a munição
Somos soldados pra conter a invasão
Fardados e montados na noção
Que o que vira é união
Mas se alguns bicos tem outra visão
Então protejo o forte e descarrego a munição
Play na terapia de choque
Pra mente deteriorada
Que faz de cada levada uma piada
Do palco picadeiro, pesadelo verdadeiro
Manchando a honra do real guerreiro
Pois as batalhas não são em campos floridos
Derradeiros inimigos vem mais fortes
Instruídos
querem ver-nos destruídos
Distribuídos e esquecidos
Perdidos, falidos
Pelos confins desse país
Outrora invadido
Vejam, São Paulo em ruas que sangram
Pessoas andam tensas em quebradas que inflamam
Disputando por grana que as corrompem, enganam
Prejudicadas por leis que não ajudam, desandam
Estádios, taxas para construir, os que bancam
São os mesmos que podem menos
O povo, reclamam
Em manifestações a fúria em coro, espantam
Toda corja política
Ao final vocês colhem o que plantam
Somos soldados pra conter a invasão
Fardados e montados na noção
Que o que vira é união
Mas se alguns bicos tem outra visão
Então protejo o forte e descarrego a munição
Somos soldados pra conter a invasão
Fardados e montados na noção
Que o que vira é união
Mas se alguns bicos tem outra visão
Então protejo o forte e descarrego a munição
|
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10. |
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Ela é passageira e
Somos passageiros nela
Mas não visando o horizonte
Sentados a vonts a ver da janela
Somos linha de frente
Enquanto ainda seres viventes
Tentando tornar evidentes
Dias e horas que perdem-se à frente
Projetando o que almejam
Torcendo pra que haja quem veja
Mas a mesma te pega em surpresa
Mostrando o contrário do que se deseja
É mesmo por isso, projetos se perdem no vento
A vida é um momento
E um sopro e cê tá frio
E o corpo jaz sem movimento
Espécie efêmera, tentando manter-se por eras
E quanto mais arcaicos
Mais se assemelham a feras
Inflam seus egos e todas as coisas
Em volta são meras
Destruindo a azul e voltando olhares
Pra outras esferas
É tudo tão rápido, maçante, imperceptível
Várias guerras rolando
E o motivo é desprezível
Ser humano que mata se julga indestrutível
E o rancor nos corações
Queima mais do que combustível
A vida é um sopro, não nota mas é a verdade
Vivemos na ansiedade
Ou em sonhos de vaidade
Meros mortais, desejando eternidade
Mal vivem em sociedade
Onde o tempo é uma raridade
A vida é um sopro, não nota mas é a verdade
Vivemos na ansiedade
Ou em sonhos de vaidade
Meros mortais, desejando eternidade
Mal vivem em sociedade
Onde o tempo é uma raridade
A vida é um sopro e eu quero o supra sumo
Já o que que é culpa assumo
Ariano, e o plano é ser Suassuna
Minha sina, dramaturgia de
Esquinas paranóias delirante ou não
Avante ou não
A vida é um xis da questão
Fiz a gestão dos sonhos
Talvez me recomponha caso
Frustre a ação, custe um milhão
Nunca perco, a alma ganha quer você
Guste o não
De Gucci não, deixa pro Mane, mano
O plano é não ser um mané na multidão
Queixar de um game insano
Onde um pano qualquer vale mais
Do que um irmão
Irmão, fale mais do que um bordão
Tipo "Tá feia a coisa"
Leia o que está na lousa
Vale mais do que o milhão
Que cê morreu sonhando em ter
Cê ilude com esse mood de patrão blasé
pra ter um prazer, rude
Confunde-se virtude com ter pra ser
Pensei em fazer valer, o sopro divino
Com um hino que me fez valer nascer
Já que a vida é sopro, viso o topo
Nunca brisa loco, é pouco
Sou um furacão prazer
Amar viver e ver
Que não dá ser mais do mesmo, a esmo
Firmar consigo um termo
De ser sopro pros pequenos
Já que um dia a mais é um dia a menos
A vida é um sopro, não nota mas é a verdade
Vivemos na ansiedade
Ou em sonhos de vaidade
Meros mortais, desejando eternidade
Mal vivem em sociedade
Onde o tempo é uma raridade
A vida é um sopro, não nota mas é a verdade
Vivemos na ansiedade
Ou em sonhos de vaidade
Meros mortais, desejando eternidade
Mal vivem em sociedade
Onde o tempo é uma raridade
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11. |
Eterno Ontem
02:17
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Antigamente eram só sorrisos
meses atrás enviamos cartas
Foram muitas juras e promessas
Tudo que sobrou só foram farpas
Se bons momentos passaram depressa
nem percebemos em nossas conversas
Entorpecidos por nossos olhares
Como essa vida é controversa
E eu que queria voltar no tempo
Pedir à Chronos só mais um momento
Onde trançamos os corpos
E misturamos todos esses sentimentos
Ressentimentos, ficaram alguns
Mas nunca passam de argumentos
Posturas escondendo o ego
Mas as feridas estão por dentro
(Cê se sente bem?)
Se eu me sinto bem?
Com tantas memórias guardadas
Ainda espera que eu fique zen?
No problem
Se coisas boas também vem
Não invalido o que veio
Mas se eu fico no eterno ontem
Adianta pra quem?
Nos perdemos em um vórtice temporal
Desejando o atemporal
E tentando entender o porquê afinal
Perdemos algo que era especial
Muito longe do que se espera
Por não ser habitual
Se não há certeza de nada na vida
Nunca saberemos por que o final
Entre as palavras já ditas
Hoje eu só lembro das belas
Ante todas as feridas
Hoje eu decido que posso me libertar delas
Decido seguir meu caminho
Ontem contigo, hoje sozinho
Mas sem eu nunca esquecer
Dos milhões de minutos do tempo
Em que havia carinho
(Eterno ontem)
Entre as palavras já ditas
Hoje eu só lembro das belas
Ante todas as feridas
Hoje eu decido que posso me libertar delas
Decido seguir meu caminho
Ontem contigo, hoje sozinho
Mas sem eu nunca esquecer
Os milhões de minutos do tempo
Em que havia carinho
(Eterno ontem)
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12. |
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Seus encantos conduzem
Quando na mente introduzem
Pensamentos, antes que olhares
E lábios se cruzem
Flutuando no imaginário
Igual danças confundem
Quem não sabe dos passos
Pés como em mares se afundem
Até abriria o mesmo mar sem cajado
Me acusem
De estar louco por seguir
Oque instintos induzem
Quando no peito queimam chamas
Quem nunca reduzem
Ações viram cinzas
No calor que suas curvas produzem
Verde das matas bem contrasta
Com a cor da tua pele
De espírito livre e selvagem
Então que revele
A quem deseja te tratar com o toque de reles
Que és realeza, a que o bobo da corte repele
Versão Ébano da heroína de jogos vorazes
Engenheira de tua vida
Igual eu das minhas bases
Te ponho em pauta em poesias
Modelo das frases
De beleza que entorpece mais
Do que drinks em bares
Eu precisava de descanso e calma
Terapia é te olhar dançando
No suingue das palmas
Igual sereia, só que laça as almas
O corpo é só levado por vontades claras
Pra quantos dos olhares você é demais
Nem sei mais
Um mergulho profundo em sensações vitais
Seu colo é como um cais
Onde reponho e perco os minerais
Misturo cores como amores tropicais
Não é do tipo que vive em contos de fadas
Não deixa os sonhos morrerem
Suaves entre as almofadas
Como acontece em mentes estagnadas
Se não tem asas, igual Ícaro
Vai aos céus por escadas
Sorri quando lhe falam que algo é impossível
Quebra crenças com a sentença do imprevisível
Fantástica quão telessérie "Mulher invisível"
Sem ser Piovani ou Falabella
Oque vive é incrível
Gostos passeiam em Blues
Rocks clássicos, dramas
Gosta de desafios
Impulsos desdobram tramas
Daria um Best Seller
Nome em calçada da fama
Flamas e fogos e festas
Flores em cima da cama
Sua forma física, arte em cada detalhe
Seus pensamentos, em uma árvore antiga entalhe
Sua inteligência, demonstre àquele que vale
Se me trombar pelas ruas, com sua boca me pare
Eu precisava de descanso e calma
Terapia é te olhar dançando
No suingue das palmas
Igual sereia, só que laça as almas
O corpo é só levado por vontades claras
Pra quantos dos olhares você é demais
Nem sei mais
Um mergulho profundo em sensações vitais
Seu colo é como um cais
Onde reponho e perco os minerais
Misturo cores como amores tropicais
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13. |
Humildes Vencedores
03:14
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Adivinha quem gostou desses versos
Quem nunca acreditava
E nos achava dispersos
Dois neguinhos da quebrada
Fluindo sem regresso
Riscando umas letras, traçando o sucesso
Adivinha quem gostou desses versos
Quem nunca acreditava
E nos achava dispersos
Dois neguinhos da quebrada
Fluindo sem regresso
Riscando umas letras, traçando o sucesso
A força pra ser exemplo
Reforça-se nas conquistas
Nunca foi brisa
Quando tocam meu som na pista
Não não quero virar famoso
De programa realista
Só tento fazer a grana
Mesmo que não tipo Anitta
Não sonho em ser milionário
Só por meu som no páreo
Um teto, as contas pagas
Rap bancando salário
tranquilo e sem sufoco
Só focando em progresso
Apostas estão feitas
Garanta o seu ingresso
Pra primeira temporada
De humildes vencedores
A vida é muito curta pra
Brincar feito amadores
A plateia dessa arena
Pede sangue, meus senhores
Conduzo ele por fones, junto com suor e dores
Pois vitórias não vem fácil
Tipo tronos de ferro
Guerreiros da quebrada
Lutando sem portar berro
Dia a dia pelo certo e pelos nossos
Antes que a carne suma e somente restem ossos
Adivinha quem gostou desses versos
Quem nunca acreditava
E nos achava dispersos
Dois neguinhos da quebrada
Fluindo sem regresso
Riscando umas letras, traçando o sucesso
Adivinha quem gostou desses versos
Quem nunca acreditava
E nos achava dispersos
Dois neguinhos da quebrada
Fluindo sem regresso
Riscando umas letras, traçando o sucesso
Ao som do Dinamite, Academia do Samba
No visível do olhar
O sorriso de uma criança
O vento batendo forte
Tá trazendo esperança
Pipa no alto do céu
Sem o peso da ganância, pô! (Hã!)
Agradeço por tudo que eu já passei
Desde os becos e ladeiras
E os traumas que superei
Hoje o asfalto tá lindo
Mas nesse barro pisei
Cicatriz pegando forma
E mostrando que o tempo é rei
E quem era menor
Hoje tá adulto
Quem tinha mente de moleque
Hoje em casa é o mais maduro
E aqueles playboyzada
Que nóis saia no murro
Me desmereceu descalço
Hoje tá no viaduto
São consequências da quebrada, vagabundo
Por ideia de larápio nesse meio
Eu nem me iludo
Mas isso aí faz parte do meu mapa
Igual várias Renatas
Que eu trombei na calçada
(Ah sua ingrata)
É gente com as duas pernas sadias
Ainda só dando mancada
É irmão que é cadeirante
E nunca fez ninguém de escada
Experiência de Mandrake, Gangster e Bamba
Dando bom dia pros problemas da semana
Vivo na malandragem
No sapato e não por fama
Trazendo luz, batida e rima
Pra o lugar onde nóis ama
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